segunda-feira, 8 de novembro de 2010

missing you more than words can ever say.

Passadas as tempestades, passados os pensamentos impetuosos e a insegurança que arrebatava qualquer resquício de perseverança que pudesse existir, volto a pensar que não existe qualquer outro caminho pra mim que não possa ser seguido ao teu lado. Volto a passar os dias sofrendo inscansavelmente, mas pela saudade que aperta o peito mais e mais à cada segundo em que queria te abraçar e não posso por culpa dessa milha maldita que insiste em nunca regredir.
Positivamente, volto a te sentir cada vez mais perto, me levando a pensar que tudo aquilo era realmente apenas uma fase ruim que só serviu pra nos tornar mais fortes diante do bocado de obstáculos que ainda teremos de enfrentar em nome daquilo que sentimos.
Volto a te sentir parte integrante daquilo que sou, volto a te sentir parte de mim, à qual não sobrevivo sem.

i guess...i really love you.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

when it all falls apart...

Pra tudo na vida tem uma primeira vez, né?
E assim como damos o primeiro sorriso, como o coração dá aquela primeira batida mais forte, não escapamos do primeiro aperto no peito que gera a primeira lágrima.
Assim como temos nossa primeira chance de mudar e escrevermos novas histórias, podemos ver que na verdade, o erro não é bem nosso.
Talvez a razão da vida seja mesmo essa, tomar no cu. Digo isso pois é assim que parece. Você se sente feliz quando não está tomando no cu?
Passamos a maior parte da vida nos remoendo em dores e nos afundando em lágrimas.
E de repente você volta a pensar se vale a pena dar sua vida por alguém que talvez não tenha noção do quão valioso isso é. De repente, eu não sou o que você queria, nem você é o suficiente pra mim. E ai? Quem é que paga o preço por se deixar levar pelas tentativas?
Existe a primeira lágrima e existe o retorno da incerteza, ou talvez, certeza de que o amor não é o suficiente pra compensar os percalços que ele nos causa.


You're not the guy I thought I knew
I'm not the girl you thought you found

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

De onde vem a calma?

Pânico. São poucas as pessoas que podem descrever essa sensação com total propriedade. Seria o pânico, um sentimento?
De repente, você não controla mais o que pensa, nem o que sente, nem o que diz, nem como age. É como se tudo o que existe de legal em ser humano, desaparecesse. Você não responde à nada que não seja o medo, e tudo o que ele te diz, é pra FUGIR. Não te importa pra onde, pra quem ou DE QUEM.
As chamas 'Crises de ansiedade' são muitíssimo comuns por aqui. Ainda não desenvolvi Síndrome do Pânico, mas já me disseram pra estar preparada, que é algo iminente. Meu nervosismo vai além do que eu possa controlar.

E hoje eu senti algo que vai além de qualquer crise, vai além de qualquer ansiedade. Hoje eu estive nervosa, em prioridade, e estive assim por medo de te ver longe, por te ver ser tomado dos meus braços sem que eu pudesse fazer qualquer coisa pra impedir, por estar longe, por estar impotente.
Hoje, eu pensei em largar tudo pra trás. O que eu sinto, o que você supostamente sente, o que pode acontecer de bom ou todas as tragédias que eu talvez tivesse que suportar.
E foi de repente que o teu sorriso veio à minha memória. Foi de repente que o calor do teu abraço se fez real e eu pude te sentir aqui outra vez. Foi então que eu vi que trocaria meus dois braços por mais um dia ao seu lado.
Foi então que eu percebi que qualquer medo, qualquer insegurança, qualquer coisa que pudesse me machucar, era irrelevante perto do que eu sinto, perto daquele sorriso que estou habituada a abrir todo dia ao abrir os olhos e ao recuperar o poder da mente, lembrar que te tenho em algum lugar pensando em mim.
Eu estou realmente dispota a depositar todas as fichas, todas as esperanças e todas as forças em você. Sem medo, sem pressa.
Vou até o inferno pra sentir comigo outra vez.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Mr. Confusion, MAKE A MOVE

Eu me sentiria uma grande vadia. Eu me sentiria como enxergo muito mal algumas pessoas ao meu redor. Eu estaria, novamente, quebrando tabus. Por algum tempo, colhi os frutos rançosos de ir contra algum dos meus maiores princípios e me vejo outra vez, em frente a consequências de seguir caminhos pelos quais eu jamais trajetaria em outros tempos.
Eu só me fodo.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

a outra.

Tenho sentido saudade, e não é só do piercing da narina esquerda. Tenho sentido saudade daquele perfume que eu nem sequer consigo recordar, tenho sentido falta do abraço mais quente que já recebi, e do sorriso mais inocente. Saudade daqueles olhos que pareciam invadir o peito e desvendar tudo o que pudesse estar camuflado ali dentro. Saudade de quando você foi meu. Saudade, do que agora tornou a ser de outra. Saudade de quando o frio na barriga era pela boa notícia que estava por vir e não pela incerteza de por qual caminho a vida há de nos levar agora. Saudade de quando tudo era certo e não haviam culpas, saudade...


Quando olho nos seus olhos, posso ver um amor reprimido.
Mas querido, quando te abraço, você não sabe que eu sinto o mesmo?
Porque nada dura pra sempre, e nós dois sabemos que os corações podem mudar
Mas amores sempre vem e amores sempre vão
E ninguém está realmente certo de quem está deixando partir hoje...
Se eu pudesse usar o tempo para falar francamente
Eu poderia descansar minha cabeça simplesmente sabendo que você foi meu, todo meu.
Você precisa de um tempo pra você?
Você precisa de um tempo totalmente sozinho?
Todo mundo precisa de um tempo pra si.
E quando seus temores se acalmarem e as sombras ainda permanecerem
Eu sei que você pode me amar quando não sobrar mais ninguém para culpar
Então não se preocupe com a escuridão, nós ainda podemos encontrar um jeito
Porque nada dura para sempre...Nem mesmo a fria chuva de novembro.

sábado, 18 de setembro de 2010

Um silencio sempre vale mais que mil palavras.

Vou logo dizendo: a vida gosta mesmo é de tirar uma com a minha cara.
Há um mês atrás eu nem imaginava que tais coisas aconteceriam. É o impossível.
Hoje, estou aqui, insone e com a cabeça fervendo, o estômago revirando e sentindo o pulmão se retrair a cada pensamento conjugado à olhadas no relógio que parece nunca andar.
Distância alguma seria capaz de explicar tudo o que aconteceu e que só a gente sabe. Mas dessa vez, eu preferia que não tivesse sido assim.
Mais uma vez, a vida me interrompe quando eu estou quase conseguindo ser algo melhor. Mais uma vez, a vida surpreende com notícias não tão boas. Temos um problema.
Confesso já ter pensado de tudo, que o problema é comigo, que o problema é proveniente de dívidas de existências passadas, que o problema não existe é tudo obra do acaso. What always happens...Life.
As piadas começaram justamente quando eu me vi tendo uma espécie de Déjà Vu, mas...OH, WAIT! Não era nada disso, era realmente a realidade da vida se repetindo. E de repente eu me peguei procurando algum consolo nos mesmos braços que escreveram a história passada. E eu me peguei me sentindo melhor...Tão melhor, que depois de pensar tantas coisas, não penso mais nada. Eu só queria ouvir de você.
Já não bastasse a ironia de estar vivendo o impossível, de viver duas vezes a mesma situação e de encontrar acalanto onde menos esperava, concluo com a maior ironia de todas: a música.
Nessas horas a melhor coisa que temos a fazer é ouvir músicas que expressem o que a gente sente quando a gente mesmo não consegue. O problema é quem está cantando do outro lado.


Sem me arrepender, e sem chorar
Adeus pra você, vou me afastar.
E que daqui pra frente você tenha mais
Espero que você possa viver em paz.

sábado, 11 de setembro de 2010

o impossível aconteceu. e desaconteceu.

Se tem algo que eu aprendi nessa vida, e aprendi muito mais do que deveria, foi a ter amor próprio. Aprendi desde muito cedo a não correr atrás das borboletas, tão cedo que hoje não corro atrás de criatura alguma. Talvez seja errado. É ótimo não ver seu orgulho ferido por algo que não se há de ter jamais, mas talvez seja péssimo ver algo escapar entre os dedos enquanto o orgulho não te permite lutar. Entre os dois, fico com o meu orgulho. Ele não há de me abandonar, nunca. Quanto as outras coisas...Teimam em escapar da palma das minhas mãos a todo instante, por mais que eu tente segurá-las a meu modo.


...tome cuidado, pode ser dessa vez que eu não volto atrás.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Mr. Confusion.

Eu não sei o que acontece e eu juro que não é minha culpa. Mas eu tenho um dom inegável pra machucar as pessoas. E eu sei que sendo esquisita desse jeito, ogra desse jeito, aparentemente insensível desse jeito, ninguém acredita que eu me preocupo com isso. Já disse, é um dom inegável, e talvez seja por isso que eu seja assim, talvez seja por isso que eu me afasto das pessoas. É pra poupá-las de qualquer coisa ruim que eu possa fazer.
Eu não esperava que as coisas seguissem o rumo que seguiram, de forma alguma. Talvez por ter deixado as coisas realmente claras desde o ínicio, achei que você também tivesse o mesmo controle sobre o que sentia que eu julgava ter na época. Pois bem, eu me controlei, você é que não. E mesmo que diga que sabe que não pode esperar nada de mim, o seu altruísmo me sufoca. Não gosto de altruísmo, já fugi de uma história que duraria a vida inteira sem interrupções se não fosse o altruísmo. Ele faz mal pra quem o escolhe e a quem se dedica. Eu estou vendo a mesma história se repetir enquanto, por outro lado, tento reconstruir o que eu, ou o altruísmo, quebramos no passado. Mas e você?
Essa preocupação toda só aumenta quando penso no fato de que, apesar de eu reclamar da asfixia que o que você sente me causa, você foi muito bom pra mim na grande maioria do tempo. Talvez você não merecesse ser machucado, mas chegou a hora em que isso vai ser necessário.
Sabe qual é o problema? Eu me vejo, em partes, no lugar dele.
Sabe qual é o problema? Eu vou ter que fazer com você o que ele fez comigo.
Sabe qual é o problema? Eu sei como me senti.
Sabe qual é o problema? Eu não desejo que ninguém nunca se sinta daquele jeito.

Inside your heart, the truth is there to be told...
So try to stop, stop breaking hearts, stop hurting souls...

...and hurt yourself.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

get a life.

Eu quero gente evoluída, quero gente inteligente emocionalmente além dos velhos discursos sobre Nietzsche, Lamarck ou Kafka, quero paz, quero sossego, quero abraços sinceros, dividir sorrisos, quero gente que corre atrás do que quer, quero gente objetiva, quero gente com valores. Tô cansada de quem não sabe nem que é de fato, cansei de hipocrisia, cansei de maldade, cansei de inutilidade, cansei de inércia, cansei de escadas com degraus humanos, cansei de gente sacal, cansei desse eterno pac man onde um só pensa em comer o outro no sentido menos prazeroso da expressão.

Vão te dizer que você não é mais o mesmo, vão apontar o dedo na tua cara pra te acusar.
Vão arrumar mil motivos pra te incriminar, por todo canto há alguém esperando pra te derrubar.
Vão te vender sem saber o que há por dentro e vão achar que com alguns trocados podem te comprar.
Vão encontrar mil maneiras de te rotular e em todo o canto sempre tem alguém que quer roubar o seu lugar.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

someone wake me up.

Me bateu uma angustiazinha, avassalando qualquer resquício daquela felicidade contagiosa que vinha sentindo. Tudo bem, é só um nó na garganta, daqueles que você é certo de que vai desaparecer feito mágica no outro dia. Mas incomoda...
Tudo e nada tem acontecido numa velocidade além do que eu poderia assimilar com perfeição e de repente, contrariando o lema radioheadiano de enxergar o mundo, nem tudo está em seu devido lugar.
Acho que é porque eu comecei a ouvir músicas velhas. Tá, não tão velhas, mas são músicas tipo a gente, que as vezes parece ter vivido o mundo aos 18 e se sente com 97 anos. Algumas músicas carregam memórias muito fortes, confesso sem exageros que chego a sentir cheiro em algumas. Músicas e perfumes me marcam demais. Já deixei de usar meu perfume preferido por ter usado em certos dias que passei com uma pessoa da qual não gosto de lembrar. O engraçado é que o cheiro do infeliz, mesmo, eu não lembro. Talvez isso seja bom, mas acho um impropério imenso não conseguir usar o perfume que eu tanto gostava pelo fato de sentir náuseas emocionais.
Enfim...Alguém no msn acabou de me dizer que eu devo procurar ajuda, porque essa história de DDA tá ficando tensa e eu tenho me perdido em assuntos com frequência. Não vou conseguir voltar a linha de raciocínio anterior.
E mudei das músicas densas pra Better da Regina Spektor e estou feliz outra vez. Nem vai dar pra continuar a falar sobre angústia. Só escrevo bem quando tô mal.
Concluo que preciso, na verdade, tratar a bipolaridade e não o déficit de atenção.
Volto na próxima bad.
XOXO :*

segunda-feira, 26 de julho de 2010

don't make sense.

Eu queria escrever, mas cadê a porra da inspiração?
Estou em um daqueles momentos da vida em que você, inconscientemente, se prepara pra algo que vai acontecer em meio a um turbilhão de pensamentos, aquelas fases em que você cresce e nem sabe ao certo a razão.
Tenho estado confusa sobre algumas questões, decidida em outras ou perfeitamente realizada em certos pontos. Tenho vivido situações e agido de formas que eu sei que não me perdoaria em outras épocas, mas hoje tenho discernimento pra aceitar e manter a calma. Calma, essa, que não se aplica ao coração, que aos poucos foi reaprendendo a bater e hoje já arrisca alguns sorrisos. Coração que tem aprendido a se expandir e agora carrega mais afetos. E o melhor é aprender que eu estava errada...DEUS! Como é ótimo quebrar a cara! Você se sente vivo outra vez. Você percebe que não tem problema confiar e não faz mal abraçar quem você gosta, por mais que isso não pareça fazer sentido.
Tenho me sentindo como uma criança aprendendo tudo o que existe no mundo. E eu diria que talvez isso esteja acontecendo como aquela velha história da fênix...Queima, e nasce das cinzas...E são em dias como hoje que eu canto feliz da vida que 'yes, i was burn, so i call it a lesson learned...'
São em dias como esse que a alma fica inquieta, ansiosa pelo amanhã que promete muito, muito mais do que chegou a prometer ontem.
São em dias como hoje que você escreve posts totalmente desconexos e termina com a música de trilha sonora, porque...it's contagious, it's contagious!

http://www.youtube.com/watch?v=VyH-tAIhX48

sábado, 10 de julho de 2010

Não me elegeram a "Garota do Fantástico".

Fiz uma entrevista de emprego pra uma vaga em que eu basicamente teria que reafirmar uma marca conhecidíssima entre a gerência do comércio. Ouvi como resposta que eu era 'muito bonita pra vaga'.
Muitas garotas que eu conheço se orgulhariam disso. Eu não me orgulho. Já se passaram algumas semanas desde o episódio e eu continuo não me conformando.
Estudo a noite. Passo todo o resto do meu dia totalmente inerte. Quero uma porra de um emprego e nem é pelo salário, é pela ocupação, pela utilidade, pelo movimento. Quero um emprego pra ser ativa dentro dele. Chega uma hora em que você desacredita, mas se pega reclamando de dormir o dia todo e se há de se ter uma ocupação, então que se ocupe ganhando dinheiro com isso!
Mas okay. Dizem que 'eu sou bonita'. Então eu não mereço uma oportunidade nessa meleca de mercado de trabalho, eu sou intelectualmente incapaz por ter sido possivelmente favorecida esteticamente. Pobre de mim...
Dos livros que li, ninguém quer saber. Os cursos que conclui, se tornam inexistentes.
Ser bonita não é um benção como se pensa, ser bonita é uma maldição!
Você é bonita, logo, não pode ser inteligente, não pode ser capaz.
Ser bonita é algo ruim até mesmo na questão amorosa!
Homens costumam idolatrar Angelina Jolie, mas num bar, quantos teriam culhões de tomar uma iniciativa?
O velho ditado 'muita areia pro meu caminhãozinho' é o mesmo que 'muito bonita pra vaga'.
Ser bonita é um grande defeito na maioria das vezes.
Alguém sabe como comprar ácidos com alto potencial corrosivo no mercado negro?

sexta-feira, 2 de julho de 2010

'puta mentira do caralho'

Hoje, eu ouvi palavras. Ouvi muitas palavras que podem falar sobre muitas coisas...Porém, as mais importantes, foram aquelas que eu ouvi sobre você, de gente que te conhece melhor do que eu jamais conheci.
Gente que me pediu que contasse, e ouviu toda a história de peito aberto. Gente que absorveu cada palavra com ares de quem já conhecia toda aquela história, e que ria como via graça de velhas piadas.
Gente que a cada detalhe, me olhava com olhos de quem já conhecia cada menção daquela história, cada nome envolvivo, cada momento temporal que fazia parte de permanentes momentos da minha história.
É engraçado carregar pra sempre como uns dos melhores momento vividos da sua existência, momentos falsamente vividos por gente que planeja cada gesto, sorriso, ou toque. Você vive como realidade aquilo que é banal pra qualquer um, e enganado, segue sonhando com histórias que sequer foram imaginadas por aquele que se quer de verdade. Você dorme e acorda se imaginando ao lado de alguém, que pode ser alguém que se imagina a te completar inutilmente ou que se imagina ao lado, de qualquer forma platônica. O fato é que você continua a anoitecer de forma vazia, e continua a abrir os olhos sem uma razão.
Eis uma chance única.
Vivemos deparados diante de diversas oportunidades de amar, ser amado, ser feliz e o fazê-lo...Mas podemos contar em células quantas a cada membro são reais de fato. Podemos sentir quando é que as possibilidades merecem ser encaradas com realidade. Eis uma oportunidade única de se falar com quem realmente se importa com você, quem é que me importa na realidade.
Eis uma oportunidade peculiar, onde se sabe nítidamente onde é que estão os passos seguros...

Você é, sempre foi, e sempre há de ser uma mentira...
Você..."e se for pra ser, que seja com você, não quero ninguém mais..."

quarta-feira, 30 de junho de 2010

50 receitas.

64 dias.
Já fui capaz de contá-los mentalmente, de responder num estalar de dedos a quantos dias e horas e minutos eu desejava morrer. Hoje não mais, precisei abrir o calendário e fazer as contas de quanto tempo se passou desde aquela fatídica quinta feira de abril.
A dor anda me confundindo, entre passos firmes e tropeços, mas só dói porque é assim que tem que ser. Algumas feridas não cicatrizam nunca. Dói porque elas ainda são cutucadas, porque são apenas 64 dias, mas um dia hão de ser 64 meses e o mundo nem vai lembrar que fui machucada.
Eu consigo acordar de mente vazia. Não abro os olhos com raiva por ter o feito, nem tenho meu primeiro pensamento direcionado ao que eu mais queria esquecer.
Eu consigo ouvir muitas músicas que não conseguia e não me lembro da última vez que chorei. Eu consigo sorrir com alma e não apenas com os músculos faciais, eu sinto vontade de respirar.
De repente, eu acordei e não me fazia mais diferença.
Não dói mais não ter, dói ter me perdido.

"Eu já ouvi 50 receitas pra te esquecer..."
e não é que alguma delas, talvez tenha funcionado?

terça-feira, 15 de junho de 2010

Dreaming with a broken heart.

"Sabe...Com o passar do tempo e depois de tanta coisa vivida, hoje sei o que é que eu espero de alguém. Fiquei crítica, encontrando defeitos o tempo todo, me incomodando com muitas coisas.
Então, você apareceu e eu soube desde sempre que você oferecia risco, então me fechei. Em você, a única coisa que me incomodava era o fato de não me incomodar em nada."

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Quando tá escuro...

De repente, o mundo não quer mais girar. As coisas acontecem a sua volta e você simplesmente não se importa. Quando não é o vazio, é a angústia, a dor, ou qualquer outra espécie de mal estar.
A vida vai seguindo, e a cada dia te surpreende com algo ruim. Os bons momentos são tão escassos que não consolam as fatalidades. Você perde, você fracassa, você é humilhado. Você se vê obrigado a se despedir de tudo o que você estimava, você é obrigado a acordar todo dia sem uma razão, você olha pra si mesmo e só consegue enxergar o retrato vivo da inutilidade, você não espera mais nada de qualquer coisa, você realmente não entende porque é que tem que continuar com tudo isso. É ai que você começa a imaginar.
Você imagina coisas tão a fundo que chega a senti-las como se fossem reais. É ai que você imagina como seria se você pudesse se libertar...

Primeiro, o estouro. Dai em diante, você é anestesiado, enxerga tudo em câmera lenta. Você aproveita, pois são seus últimos reflexos. A salvação lhe acaricia os cabelos e abre caminho entre eles, alcançando seus ossos e tirando guerra de força. A salvação vence. A salvação transpassa suas idéias, suas memórias. A salvação as destrói. Você sente todas elas explodindo pelo ar...Você vê tudo o que te dói se esparramar ao seu redor. De repente, um pedaço de massa carregando imagens cai sobre os ombros, outro sobre seu nariz...Você sente o peso de tudo aquilo que carregava na mente se esvair enquanto perde a consciência. Você está se libertando e isso é fisicamente dolorido, mas não tão terrível quanto tudo o que você sentiu lhe apertando o peito por tanto tempo. Você se liberta e ainda assim sente medo. Talvez não acabe por aqui, talvez comecemos tudo outra vez. Seria uma nova chance ou seria o recomeço de todos os erros? Você sente medo e torce pra que seja realmente o fim. Você não quer tentar de novo. Você se arrepende de sequer ter tentado dessa vez. E então você fecha os olhos, e você é livre enfim.

Mas eram só devaneios. De repente os olhos fechados se abrem e você se vê na mesma prisão. Você não se sente leve, você não se sente livre. Você se sente da mesma forma. Não houve estouro, não houve ferida, não houve salvação.
Talvez você seja incapaz, ou talvez ainda não doa o suficiente. Mas a companhia dessa idéia fixa vem tornando-a cada vez mais forte, cada dia mais próxima de se realizar.

E enquanto ela não se realiza...

"Quando tá escuro e ninguém te ouve...Quando chega a noite e você pode chorar...

domingo, 30 de maio de 2010

Eu sei.

Eu sei que por muitas vezes você perdeu o fôlego só por estar ao lado dele e deseja impacientemente que a sua perda de fôlego hoje fosse pelo mesmo motivo, ao invés de ser pela falta que ele te faz. Eu sei que quando você olha pra algum canto da sua casa em que ele esteve ou em que você esteve com ele, bate um aperto no peito. Eu sei que todas as vezes que o telefone toca perto das onze*, você deseja que seja ele. Eu sei que em algumas noites você deseja com toda a sua força que o sono venha, porque você não suporta mais pensar que não o verá no dia seguinte. Eu sei que você fica pensando naquele sorriso doce que só ele tinha, no jeitinho que ele balançava o cabelo e na forma toda desleixada dele andar. Eu sei que ás vezes você se pega imaginando cenas onde você e ele estão juntos e felizes novamente.
Eu sei o quanto você sente falta daquele abraço apertado, e também sei que você faria de tudo para sentir ele só mais uma vez. Sei que tem vezes que você fecha os olhos e parece que está beijando ele novamente, como se fosse a primeira vez. Eu sei muito bem o quanto você sente falta dos beijos dele. Sei de tudo isso e mais um pouco. Sei que você se preocupa com o jeito que sai de casa, porque sai pensando que por um deslize você o encontre na rua. Sei que você é capaz de tudo pra ter ele de volta. Aqueles defeitos irritantes que só ele tinha, aquele jeito teimoso e aquela mania de sempre querer te tirar do sério, eu sei da falta que isso faz. Eu sei que você revive cenas, volta no tempo, deseja que seu passado se torne presente mais uma vez. E eu sei a dor que você sente quando descobre que seus planos de um futuro ao lado dele, não serão mais realizados. Eu sei o quanto as lembranças insistem em aparecer na sua mente. Eu sei que cada detalhe, cada lugar, faz você lembrar dele. Eu sei que você se proibiu de abrir aquela caixa com bilhetes, papéis, cartas, fotos, enfim, memórias. Mas eu sei também que você acabou fazendo o contrário, que já se viu abrindo a tal caixa diversas vezes e que ao fazer isso bateu uma saudade gritante no seu peito. Aquela música que ele cantou para você, a mesma música que tocou na primeira vez que vocês se beijaram, a música que era só de vocês, eu sei que você se proibiu de escutá-la. Eu sei que em algum dia você sentiu no ar aquele perfume que só ele tinha, e que ficou olhando para os lados na esperança de vê-lo novamente. Eu sei a falta que você sente do cheirinho dele. Eu sei como você sente falta dos amassos no elevador, no sofá, no cinema... e dos mil jeitos de esconder isso dos outros.
Eu sei da confiança que você tinha nele, sei das palavras de conforto que ele te dizia que nem eram tão extraordinárias assim, mas que para você soavam como o melhor poema do mundo. Eu sei que você fica relembrando aquelas conversas que até um tempo atrás pareciam ser tão inúteis, mas que hoje fazem muita falta. Sei da dor que você sente só de imaginar, que ele pode estar sendo feliz com outra pessoa. Seja pela falta, pela dor, pelas lembranças, pelos sonhos, eu sei muito bem das lágrimas que você já chorou e que infelizmente ainda vai chorar. Eu sei, e como eu sei. Também sei que você já cansou de encontrar jeitos para esquecê-lo, e que você talvez já se convenceu que nunca irá esquecer. Sei que você já buscou em outros rostos, outros corpos, uma forma de esgotar essa falta. Mas eu também sei que no final você viu que isso só aumentou seu sofrimento, e que assim descobriu que seu amor é realmente único e insubstituível. E eu sei que parece que ninguém entende o que você sente, e que tudo o que te dizem soa como "mais alguma coisa" para teus ouvidos. Eu sei que no meio de tantos amigos, risadas, momentos, você se sente perdida e que trocaria tudo pela companhia daquele menino. Eu sei o quanto você sente falta de fazer nada ao lado dele. Eu sei o quanto ele te dava atenção, e o quanto ele te fazia se sentir única e amada. Eu sei que você torce para seu celular tocar, e que seja ele dizendo que está com saudades e que quer muito voltar para você.
Eu sei que você espera todos os dias pra receber de volta aquela mensagem: "tenha um bom dia meu amor". Eu sei que você abre diversas vezes o seu e-mail esperando encontrar algum oi que seja. Eu sei o quanto você gostaria de ouvir só mais uma vez um "eu te amo". Eu sei como você amou esse garoto. E eu sei também, e mais do que ninguém, o quanto você ainda ama esse garoto.

- Fernanda Quartarolli

sábado, 22 de maio de 2010

Ciúme de você.

Parei pra filosofar sobre algo com o que tenho convivido muito: o ciúme.
Não, eu não tenho sentido ciúme de ninguém. Na minha situação, seria um tanto quanto bizarro. Mas meu mundo é rodeado desse sentimento (?) infeliz.

Assim como qualquer coisa na vida, o ciúme possui seu lado bom e seu lado ruim. E diferente da maioria das outras coisas, ciúme é necessário independente de tudo.

Seguindo o lado A, nos sentimos ainda mais amados quando sentem aquele ciuminho besta da gente. Pelo lado B, quando o ciúme passa do limite daquilo que é bobice, que é saudável, é um porre, é um inferno, é a pior merda que poderia acontecer na vida de alguém.
Ele vem, geralmente, de alguém com quem a gente sente vontade de passar a vida inteira do lado. E é daí que vem o problema.

Se a gente quer o ciumento do lado pra sempre, o ciúme vem incrustado em tudo aquilo que a gente deseja. Toda escolha traz suas consequêcias e enfim...

Eu não sinto ciúme. É fato. E por quê não sinto?
Bem ou mal, qualquer pessoa que tenha passado pela minha vida, passou porque quis. Nunca obriguei ninguém a nada, nem apontei armas pras cabeças de pobres coitados pra que ficassem do meu lado. Se estavam ali, dormindo e acordando comigo, era porque queriam, por livre e espontânea vontade. Poderiam estar com qualquer outra pessoa no mundo, mas escolheram estar comigo.
No dia em que o cidadão decidir que quer me botar um par de chifres, seja qual for a razão, ele vai botar e o tal do ciúme que eu sinto não vai impedi-lo. E proibir seu namorado de sair sozinho, com os amigos ou com o raio que o parta, também não impede que isso aconteça. Quando alguém quer algo, arruma um jeito. Ele vai te dizer que vai na padaria comprar três filõezinhos e você vai acreditar.
É normal sentir medo que aquilo que é nosso se vá, e é normal cuidar pra que isso não aconteça. Mas as pessoas cuidam do jeito errado. Porque perder tempo brigando por ciúme, quando podíamos gastar esse tempo sendo feliz, vivendo bons momentos, dando motivos pra que aquele alguém só queira estar do nosso lado..?
Não vejo sentido em estar com alguém que eu pense que possa me trair a qualquer momento. Isso é masoquismo. E se ao meu lado estiver alguém que possa me machucar na primeira oportunidade livre que tiver, bom mesmo é que aproveite a liberdade que sempre há de ter comigo e mostre as garras logo cedo, pra que eu saiba de começo quem é que trago comigo.

Pois é.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Mas o estrago que faz, a vida é curta pra ver.

Ignore o título. Ele só está ai porque era a música que estava tocando e foi. Eu nunca soube intitular textos.
E acho que não sei mais escrever.

Acabo de encontrar meu blog antigo. É engraçado como a vida adora esfregar certas coisas no nosso nariz. Dessa vez, ela usou todas aquelas palavras e histórias pra me mostrar o quanto minha vida é vazia.
Hoje mais cedo vim até aqui e escrevi muito. Era um texto péssimo, sem pé nem cabeça, cheio de internas, clichês e erros de português. Não publiquei, claro. Tenho bom senso.
Não que esse post vá ficar melhor, mas pelo menos...

Tá vendo o que acontece? Eu chego aqui, escrevo umas palavras, mas me faltam outras pra completar os sentidos e eu nunca as encontro.
Acho que meus blogs refletem a minha vida. Meus primeiros eram fúteis, imaturos. O penúltimo era profundo, intenso. Esse? Eu ainda não entendi o seu propósito.
Assim como a minha vida atualmente. É um caminho de nada indo a lugar nenhum.
Não é por falta de objetivo, de traçar metas. Acho que é falta de gosto, falta de sonho ou qualquer outra falta.
É a sensação do tédio intravenoso, ir dormir depois de um dia vazio e acordar sem expectativas. É o não se interessar por nada, é o não enxergar beleza em nada, é o não se divertir com nada. É o grande fucking vazio.

Vazio. É isso.

Esquece, Aliny. O vazio é vazio. Não há muito mais que você possa falar sobre ele.

Alguém me indica um analista?


Quando você tenta o seu melhor, mas não tem sucesso.
Quando você consegue o que quer, mas não o que precisa.
Quando você se sente cansado, mas não consegue dormir.
Quando as lágrimas começam a rolar pelo seu rosto.
Quando você perde algo que não pode substituir.
Quando você ama alguém, mas é desperdiçado.
Quando você está muito apaixonado para esquecer.
Pode ser pior?

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Alter ego.

"Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado. Quem diz que me entende, nunca quis saber...
Aquele menino foi internado numa clínica, dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças, dos sonhos que se configuram tristes e inertes.
Como uma ampulheta, imóvel, não se mexe, não se move, não trabalha.

E Clarisse está trancada no banheiro e faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete...Deitada no canto, seus tornozelos sangram.
E a dor é menor do que parece quando ela se corta, ela se esquece que é impossível ter da vida calma e força...Viver em dor, o que ninguém entende, tentar ser forte a todo e cada amanhecer.
Ninguém entende, não me olhe assim com este semblante de bom-samaritano cumprindo o seu dever como se eu fosse doente, como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente.
Nada existe pra mim, não tente. Você não sabe e não entende.
E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito, Clarisse sabe que a loucura está presente e sente a essência estranha do que é a morte, mas esse vazio ela conhece muito bem.
De quando em quando é um novo tratamento, mas o mundo continua sempre o mesmo...O medo de voltar pra casa à noite, os homens que se esfregam nojentos no caminho de ida e volta da escola, a falta de esperança e o tormento de saber que nada é justo e pouco é certo, e que estamos destruindo o futuro, e que a maldade anda sempre aqui por perto, a violência e a injustiça que existe contra todas as meninas e mulheres, um mundo onde a verdade é o avesso e a alegria já não tem mais endereço...

Clarisse está trancada no seu quarto com seus discos e seus livros, seu cansaço...

Eu sou um pássaro. Me trancam na gaiola, e esperam que eu cante como antes.
Eu sou um pássaro, me trancam na gaiola...Mas um dia eu consigo existir e vou voar pelo caminho mais bonito.

Clarisse só tem 18* anos."

domingo, 16 de maio de 2010

Você, que eu não conheço mais...

Ausência.
A sua é aquela que hei de sentir pra sempre, aquela que sei que não será preenchida facilmente, aquela que vai doer, que sangra, que ainda grita de tempo em tempo.
Mas deixa estar. Por um tempo, pensei que nunca havia de me acostumar...Pois me acostumei.
A vida é assim, algumas lacunas são abertas pra que nunca mais se fechem e a gente tem que aprender a lidar com isso. Dizem que a vida continua...E continua mesmo.
Ninguém vai ter aquele sorriso, nem aquele olhinho preto, nem o dom de me fazer sorrir nos piores momentos. Mas sabe...Existem outras formas de sorrir, outros olhares, e no pior momento dos últimos tempos, você não estava aqui pra me ajudar. E não é que ele passou mesmo sem você?

A gente não precisa de ninguém pra ser completo. Todo mundo passa pelas nossas vidas com algum propósito e com você não foi diferente. Chegou, me mudou, me ensinou coisas que eu precisava realmente aprender e nas quais eu errei muito com você, e foi embora.
Se algum dia você acabar lendo isso (o que eu duvido muito), espero que saiba que eu não consegui sentir raiva nem por um segundo. E que a sua lembrança vai ser algo bom que eu sempre hei de carregar. Vou te levar assim, com todas as dores, todas as feridas e todas as promessas não cumpridas. E há de ser bom, ainda assim.
Vou te levar em algum cantinho do peito por todos os caminhos pelos quais dou os primeiros passos agora, e vou viver outros amores, outras histórias, outros sentimentos, outros mundos.
A gente não muda o que viveu, e eu também não me interesso em apagar.
Mas o mundo gira, e bota sempre tudo no lugar.

terça-feira, 20 de abril de 2010

muda.

Eu já gostei mais de escrever.
Eu lembro de quando escrevia tudo o que me passava pela cabeça. Ainda bem que eu não tinha um blog naqueles tempos. Aqui, reclamo que escrevo de menos, lá sei que falaria muito e reclamaria disso também.

Tenho reclamado de tantas coisas. Muitas vezes me sinto uma grande reclamação, uma insatisfação ambulante.
Nenhuma comida é boa o suficiente, nenhuma conversa interessante o suficiente, nenhuma música empolgante o suficiente. Nada é o suficiente pra que eu sinta algum prazer com qualquer coisa.
A vida tem sido um grande tédio. Eu não aguento mais. é.

terça-feira, 9 de março de 2010

É engraçado como as palavras insistem em sumir quando me deparo com o nada desse espaço em branco, desesperado pra ser preenchido. As palavras existem, passeiam frenéticas pela minha mente todo o tempo.
Talvez o problema seja esse: Pensar demais.
É tanta coisa, é tanta gente, é tanta história, é tanto que as vezes eu não sei se consigo suportar. Mas é tanto que eu não sei nem como colocar pra fora.
Acho que eu me cansei de tanto e de nada. Vejo minha vida cheia de lixo e vazia de valores.
Odeio assumir que tudo aquilo que eu jurava e me orgulhava tanto de ter superado está aqui outra vez e se esfrega o tempo todo no meu nariz pra ser notado, pra ser sentido, pra me derrubar. E é por isso que não assumo, é por isso que eu insisto em me enganar e achar que são só aquelas pequenas cicatrizes que insistem em doer quando o tempo muda. É por isso que chego aqui e as palavras não saem. Sou uma eterna falta de sinceridade comigo mesma. Sou a fuga dos meus medos e obstáculos. Sou as tardes que passo trancada contra o mundo. Sou tudo aquilo que guardo no peito até que apodreça...E esse dia está cada vez mais perto.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Vamos falar de solidão...

Bem que eu queria, bem que eu tentei, mas não sou diferente de ninguém nessa vida, minha constante fase de aprendizado me ensinou que me equivoquei: eu não posso controlar tudo o que acontece ao meu redor.

A gente tenta, a gente acredita, planeja, racionaliza...Pra que raio tudo isso, se no final quem sempre vai falar mais alto é a merda do coração?

'Eu deslizo, eu voo num mar de lençois e cada dobra conta histórias, de muitas delas sinto medo, são muitos enrredos enrolados e embriagados como nós tão a sós...'

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Os velhos olhos vermelhos.

Vê se tem cabimento, caro amigo.
Sempre fui chorona, por tudo. Choro no filme, choro na novela, choro na vida.
Porém é pouco provável que, apesar da grande quantidade, você consiga presenciar minhas lágrimas.
Não gosto, me incomoda. Não deixo.

Ainda não sei se faz bem ou mal ser assim, guardar o choro no peito até que a solidão permita que as lágrimas se precipitem. As vezes eu me pergunto se guardar o choro não deixa vestígios da dor aqui dentro, em forma de lágrimas que não conseguiram mais sair, aquelas do fundinho do peito.
Não sei.

Eu acho mesmo é que a gente tem mais é que chorar. Só choro e abraço tem o poder de diminuir as dores da vida. No choro, a gente subtrai. Cai, molha algum lugar e seca, ou evapora, e acabou. No abraço, a gente divide. A gente sente cada pedacinho da dor deixar o que é nosso e ser engolido pelo calor do corpo alheio. Dai pra frente o que acontece com a dor eu não sei. Acho que evapora, como a lágrima.
Na verdade, acho que não...Acho mesmo é que a dor some porque dividindo, a gente tem apoio, a gente se faz forte, a gente supera. Isso, superação.

Confesso que hoje mesmo eu tô precisando de tudo isso, do choro e do abraço, porque a dor é tão grande que precisa das duas formas de consolo.
Por que é que saudade tem que doer tanto?
Pior é essa saudade de quem se foi e não volta mais, não se encontra na rua por acaso, não se pode telefonar só pra ouvir a voz e acalentar um pouquinho das dores da falta.

Essa saudade não vai morrer nunca. Pelo contrário, tende a só aumentar.
E eu vou continuar aqui, sofrendo, chorando escondido depois que todo mundo dorme, porque eu não tenho mais você pra dormir comigo, Loira, e o sono agora demora mais pra chegar sem o seu quentinho peludo nas minhas costas.
Agora há de doer pra sempre.

'Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez...'

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Que é pra eu cuidar, que é pra eu amar...


Te olhando agora, quem diria que você já foi tão pequenininha?
Como não lembrar daquele telefonema...Era a gorda-mãe do outro lado, contando que você já existia, lá dentro do barrigão dela. Eu lembro da cara de bobo do vovô quando me contou sorrindo, sem conseguir esperar a minha vez de falar com a sua mamãe. A gente nem sabia se você era um mocinho ou uma mocinha na verdade, mas aqui dentro, eu acho que sempre soube.

Eu lembro de tudo, lembro da primeira vez que te vi escondida na pança da gorda, e lembro de cada detalhe do dia em que você chegou. Mas nenhuma lembrança é mais forte do que a primeira vez que te peguei no colo. Parece que consigo sentir até o calorzinho do seu corpinho, que era tão pequeno. Lembro de ficar ali, do lado daquele berço por hoooras olhando o seu rostinho desconhecido que parecia ter estado presente na minha vida desde sempre. Lembro que vir embora foi difícil, mas em pouco tempo você voltava pra nos dar a maior das dádivas que já recebi na vida: te ter aqui, todo dia, e poder descobrir o mundo todo de novo junto com você.
O primeiro 'arú', o primeiro sorriso...Todo mundo aqui vibrava mais que em gol da seleção a cada coisa nova que você aprendia. Tem sido assim desde então...

Essa semana você chamou alguém pela primeira vez, de chamar com a palavra certinha...
Essa semana, eu acordei, fui até o seu lado e você me recepcionou com um 'TIAAAAAAAAAA'.
É, nem papai nem mamãe...E o que é que a tia fez? Te apertou e encheu de beijo.
Você é inteligente e aprende rápido...Hoje eu já sou 'Tia Gui' ou 'Tia Kiki', enquanto eu morro de rir que o 'Li' você ainda não sabe dizer.
Agora me diz, se olhando pra essa foto dava pra imaginar que você ia crescer TANTO e a gente passaria por TANTAS coisas, pequena?

A Tia só queria te agradecer por todos os momentos felizes e por todos os sorrisos que você proporcionou pra gente nesse quase 1 aninho de vida, e dizer que o seu sorriso é a luzinha da vida dela.
A Tia só queria te pedir desculpa por ter te deixado cair com a cabeça no chão, por doer o braço pra carregar esses quase 14 quilos de gostosura e por te chamar de birrenta de vez em quando.
A Tia só queria te dizer que ela te ama mais que qualquer outra coisa nessa vida.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Todo carnaval tem seu fim.

04:35 am. Já é quarta-feira de cinzas, meus caros.
Mais um carnaval veio e se foi sem que eu notasse. Sofro da tal síndrome de ódio carnavalesco.
Um amigo, que é tomado pela mesma cólera que eu, disse que sua principal razão pra tal sentimento é o fato das pessoas todas parecerem se fantasiar de gente feia. Adorei.
As pessoas se fantasiam de gente feia, as pessoas se desvalorizam, as pessoas se irresponsabilizam, as pessoas perdem limites do ridículo, as pessoas mascaram tudo isso com muito álcool e chamam de felicidade.

O post não é necessariamente sobre carnaval, principalmente pelo fato de não viver a data e logo, não ter nada de bom a comentar a respeito. E eu penso assim: se não tenho nada de bom pra falar e acrescentar, me calo.
O post é aleatório. Tô com uma estranha grande vontade de falar unida ao pouco sono.
Vamos falar sobre o que?

Hoje a Lena saiu do BBB. Passei o dia lendo o blog dela e realmente temo pela saída dela. A única pessoa que pensava naquele programa.
Lena é um tipo admirável de mulher. Forte, incômoda, polêmica. Humana.
Sempre me senti admirada por mulheres assim. Talvez pelo fato de ter crescido cercada de bons exemplos. Minha mãe e minha irmã tem duas das personalidades mais fortes que eu conheço. A minha não saiu diferente, junto com o gênio do meu pai, que também não é fácil.
Dai que cresci assim, apaixonada pela atmosfera dramática que inflou pulmões como os de Clarice Lispector, Edith Piaf e Maysa. Mulheres de personalidades ácidas feitas com bases tão fortes nos sofrimentos e batalhas que encararam. Mulheres que viveram de dor, de amor, álcool, cigarros ou qualquer outro escape alternativo. Admiro.
Acho que é uma opção daquele velho peso que sempre carreguei nos ombros, aquele de sempre sofrer em exagero. No fundo, nasci pro drama, não tem jeito.
E por fora, o que se vê, é realmente diferente.
Adoro minha carcaça de durona. Com todo o sofrimento sem ou com razão que senti, não diria que aprendi a fingir, mas sim que hoje sei omitir o que se passa aqui dentro. Só abro pra quem me passa confiança.
Engraçado que me sinto segura falando aqui. Algo que publica meus sentimentos e permite que sejam invadidos por qualquer um. Mas sei que essa segurança vem do fato de viver num país onde a maioria considera ler uma atividade preguiçosa e na maioria das vezes, o tamanho dos meus vômitos emocionais entedia a grande maioria.
E se você se dá ao trabalho de ler, é porque se importa, porque se interessa.
Disso você já é digno de confiança.

Encerro o post aqui, quase que da mesma forma que comecei...

''Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz...''

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Eterna.


Hoje eu descobri a pior dor que uma pessoa pode sentir.
Eu nunca soube o que era perder alguém importante. Eu nunca havia perdido alguém que eu amasse tanto, alguém que fosse me fazer tanta falta, alguém que me fizesse sentir em um suspiro a saudade de uma vida toda.
Hoje eu te perdi, minha pequena.

Eu lembro daquele dia. Era só uma feira de animais despretenciosa, mas você estava lá, de lacinho verde, parecendo uma bolinha de algodão e não teve jeito. A gente TEVE que te trazer pra casa. A véia ficou puta da vida, mas com aquela carinha você dobrava qualquer um. Eu lembro que a gente te colocou na cama do Véio e ele ficou louco. Mas você começou a choramingar e a partir dali, começou a se tornar a cachorra sem vergonha mais mimada da face da terra.
Ninguém sabia que nome te dar. Até assistir 'Rei Leão II' e decidir que você ia ter o mesmo nome da filha do Simba: Khyara. Com K por causa da Ká e com Y por causa do meu nome. Você era nossa.
O poodle micro-toy não parava de crescer, mas a gente já te amava tanto que não importava ter comprado gato por lebre.
Sempre com aquele jeito sonolento e carente, você pedia colo pra TODO mundo que chegava, colocava as patinhas no teclado pra eu não poder digitar e te fazer carinho, adora me enxer de lambidas e correr no portão quando eu chegava da escola.

Por muito mais que 10 anos, nossa vida foi assim.
E agora, lulinha? Quem é que vai dormir nas minhas costas e não deixar que nada de ruim me aconteça a noite?
Eu chorei TANTO hoje...Sempre que eu chorava, você sentava do meu lado e ficava ali até eu melhorar. Mas hoje você não se mexia mais, não podia fazer nada pra me animar. Por que é que você teve que ir? Você nunca fez nada que eu não deixasse, porque fez isso agora?
Eu sei, você já tinha vivido tudo o que precisava, já tinha feito tudo o que podia por mim, você precisava descansar...Mas eu preciso TANTO de você comigo, Titi :/
Eu sei que eu preciso aceitar, mas eu não sei se eu vou conseguir, sua boba. Eu sei que eu não vou te ver nunca mais, nunca mais vou poder fazer puxar seus pelinhos de algodão nem te ver rebolar quando voltava do banho pra eu te dizer que tava linda. E isso tudo DÓI muito.
Você cresceu comigo, foi você que dormiu comigo quando eu fui pro quarto sozinha, era você que ficava no banheiro me esperando tomar banho, era com você que eu dividia tudo o que eu comia...E agora, Khy? Com quem eu vou fazer tudo isso?
Eu continuo te enxergando EM TODOS os cantinhos que eu olho :/

Só me resta desejar que você fique bem aí em cima. Promete que vai se cuidar? E que vai cuidar de mim dai? Promete que não vai me esquecer NUNCA?
Descansa, minha Loirinha. Fica em paz.
A Saudade já é infinita (L)

'Tive que aceitar, mas me perco sem você...Tive que continuar, mas não vivo sem você...
Essa me faz lembrar de tudo o que passamos...Essa noite vou dançar sem você...
Onde estiver, saiba que eu sempre estarei aqui, mesmo que o tempo te levar...'

AMO VOCÊ ♥

sábado, 23 de janeiro de 2010

Não falo da dor...

Tenho dormido mal, tenho dormido de menos na hora certa e em excesso na hora errada.
Não, não é insônia, não são pensamentos persistentes, não são lágrimas, não é nada. Eu não sei o que é. Só sei que acontece, ou deixa de acontecer, enfim.
Tenho comido mal também. O garfo baila entre os grãos no prato por horas até que a boca resolva receber aqueles pedaços gelados pra me sustentar. Não é amor, nem paixonite. Não é nada. Eu não sei o que é.
Sei que realmente não é paixonite, muito menos amor. Os beijos são frios, os abraços vazios e os toques insensíveis. Não é problema dele, nem meu. Não é problema de ninguém. Só sei que tem sido assim.
Frio. É assim que o mundo tem girado ao meu redor, mesmo que o verão venha castigando nossas peles. O que fica lá dentro, o que o sol não toca, é pedra.
Você foi embora, e eu não senti. Você chegou, e eu não me alegrei. Eu sorri, mas não senti paz.

É difícil entender...
Não falo da dor, falo da estranha sensação que é não sentir NADA.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

E dizem que a solidão até que me cai bem.

Andei pensando...Pensei tanto que nem sei como transcrevo tudo o que foi pensado.
Pensei, pensei e decreto: Nasci pra ser só.

sábado, 16 de janeiro de 2010

i just want you to know who i am.

Sendo sincera, não sei por onde posso começar a escrever sobre o meu fracasso.
Sendo sincera, talvez o fracasso não seja realmente meu, nem seu e por consequência, muito menos nosso.
Talvez eu deva agir com sinceridade comigo mesma e admitir que o destino pode ter nos pregado uma peça ruim dessa vez ou pode ser que tudo isso tenha realmente uma razão pra estar acontecendo.
Fato é que eu sempre fui contra esse negócio de obrigar alguém a se tranformar por você. Um relacionamento é feito de equilíbrio, de harmonia entre dois lados, de saber ceder quando necessário. Ainda assim, isso não argumenta a modificação. Devemos mudar tudo aquilo que nos atrapalha, tudo aquilo que trava nossas pernas e nos impede de seguir em frente no caminho de evoluir. Mas e quando algo não te incomoda, não te atrapalha, não te causa dano algum? Faz sentido mudar só porque é incompatível com outras características de outro alguém?




A resposta é não.
- desabafo mode off.