Bem que eu queria, bem que eu tentei, mas não sou diferente de ninguém nessa vida, minha constante fase de aprendizado me ensinou que me equivoquei: eu não posso controlar tudo o que acontece ao meu redor.
A gente tenta, a gente acredita, planeja, racionaliza...Pra que raio tudo isso, se no final quem sempre vai falar mais alto é a merda do coração?
'Eu deslizo, eu voo num mar de lençois e cada dobra conta histórias, de muitas delas sinto medo, são muitos enrredos enrolados e embriagados como nós tão a sós...'
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
Os velhos olhos vermelhos.
Vê se tem cabimento, caro amigo.
Sempre fui chorona, por tudo. Choro no filme, choro na novela, choro na vida.
Porém é pouco provável que, apesar da grande quantidade, você consiga presenciar minhas lágrimas.
Não gosto, me incomoda. Não deixo.
Ainda não sei se faz bem ou mal ser assim, guardar o choro no peito até que a solidão permita que as lágrimas se precipitem. As vezes eu me pergunto se guardar o choro não deixa vestígios da dor aqui dentro, em forma de lágrimas que não conseguiram mais sair, aquelas do fundinho do peito.
Não sei.
Eu acho mesmo é que a gente tem mais é que chorar. Só choro e abraço tem o poder de diminuir as dores da vida. No choro, a gente subtrai. Cai, molha algum lugar e seca, ou evapora, e acabou. No abraço, a gente divide. A gente sente cada pedacinho da dor deixar o que é nosso e ser engolido pelo calor do corpo alheio. Dai pra frente o que acontece com a dor eu não sei. Acho que evapora, como a lágrima.
Na verdade, acho que não...Acho mesmo é que a dor some porque dividindo, a gente tem apoio, a gente se faz forte, a gente supera. Isso, superação.
Confesso que hoje mesmo eu tô precisando de tudo isso, do choro e do abraço, porque a dor é tão grande que precisa das duas formas de consolo.
Por que é que saudade tem que doer tanto?
Pior é essa saudade de quem se foi e não volta mais, não se encontra na rua por acaso, não se pode telefonar só pra ouvir a voz e acalentar um pouquinho das dores da falta.
Essa saudade não vai morrer nunca. Pelo contrário, tende a só aumentar.
E eu vou continuar aqui, sofrendo, chorando escondido depois que todo mundo dorme, porque eu não tenho mais você pra dormir comigo, Loira, e o sono agora demora mais pra chegar sem o seu quentinho peludo nas minhas costas.
Agora há de doer pra sempre.
'Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez...'
Sempre fui chorona, por tudo. Choro no filme, choro na novela, choro na vida.
Porém é pouco provável que, apesar da grande quantidade, você consiga presenciar minhas lágrimas.
Não gosto, me incomoda. Não deixo.
Ainda não sei se faz bem ou mal ser assim, guardar o choro no peito até que a solidão permita que as lágrimas se precipitem. As vezes eu me pergunto se guardar o choro não deixa vestígios da dor aqui dentro, em forma de lágrimas que não conseguiram mais sair, aquelas do fundinho do peito.
Não sei.
Eu acho mesmo é que a gente tem mais é que chorar. Só choro e abraço tem o poder de diminuir as dores da vida. No choro, a gente subtrai. Cai, molha algum lugar e seca, ou evapora, e acabou. No abraço, a gente divide. A gente sente cada pedacinho da dor deixar o que é nosso e ser engolido pelo calor do corpo alheio. Dai pra frente o que acontece com a dor eu não sei. Acho que evapora, como a lágrima.
Na verdade, acho que não...Acho mesmo é que a dor some porque dividindo, a gente tem apoio, a gente se faz forte, a gente supera. Isso, superação.
Confesso que hoje mesmo eu tô precisando de tudo isso, do choro e do abraço, porque a dor é tão grande que precisa das duas formas de consolo.
Por que é que saudade tem que doer tanto?
Pior é essa saudade de quem se foi e não volta mais, não se encontra na rua por acaso, não se pode telefonar só pra ouvir a voz e acalentar um pouquinho das dores da falta.
Essa saudade não vai morrer nunca. Pelo contrário, tende a só aumentar.
E eu vou continuar aqui, sofrendo, chorando escondido depois que todo mundo dorme, porque eu não tenho mais você pra dormir comigo, Loira, e o sono agora demora mais pra chegar sem o seu quentinho peludo nas minhas costas.
Agora há de doer pra sempre.
'Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez...'
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Que é pra eu cuidar, que é pra eu amar...
Te olhando agora, quem diria que você já foi tão pequenininha?
Como não lembrar daquele telefonema...Era a gorda-mãe do outro lado, contando que você já existia, lá dentro do barrigão dela. Eu lembro da cara de bobo do vovô quando me contou sorrindo, sem conseguir esperar a minha vez de falar com a sua mamãe. A gente nem sabia se você era um mocinho ou uma mocinha na verdade, mas aqui dentro, eu acho que sempre soube.
Eu lembro de tudo, lembro da primeira vez que te vi escondida na pança da gorda, e lembro de cada detalhe do dia em que você chegou. Mas nenhuma lembrança é mais forte do que a primeira vez que te peguei no colo. Parece que consigo sentir até o calorzinho do seu corpinho, que era tão pequeno. Lembro de ficar ali, do lado daquele berço por hoooras olhando o seu rostinho desconhecido que parecia ter estado presente na minha vida desde sempre. Lembro que vir embora foi difícil, mas em pouco tempo você voltava pra nos dar a maior das dádivas que já recebi na vida: te ter aqui, todo dia, e poder descobrir o mundo todo de novo junto com você.
O primeiro 'arú', o primeiro sorriso...Todo mundo aqui vibrava mais que em gol da seleção a cada coisa nova que você aprendia. Tem sido assim desde então...
Essa semana você chamou alguém pela primeira vez, de chamar com a palavra certinha...
Essa semana, eu acordei, fui até o seu lado e você me recepcionou com um 'TIAAAAAAAAAA'.
É, nem papai nem mamãe...E o que é que a tia fez? Te apertou e encheu de beijo.
Você é inteligente e aprende rápido...Hoje eu já sou 'Tia Gui' ou 'Tia Kiki', enquanto eu morro de rir que o 'Li' você ainda não sabe dizer.
Agora me diz, se olhando pra essa foto dava pra imaginar que você ia crescer TANTO e a gente passaria por TANTAS coisas, pequena?
A Tia só queria te agradecer por todos os momentos felizes e por todos os sorrisos que você proporcionou pra gente nesse quase 1 aninho de vida, e dizer que o seu sorriso é a luzinha da vida dela.
A Tia só queria te pedir desculpa por ter te deixado cair com a cabeça no chão, por doer o braço pra carregar esses quase 14 quilos de gostosura e por te chamar de birrenta de vez em quando.
A Tia só queria te dizer que ela te ama mais que qualquer outra coisa nessa vida.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Todo carnaval tem seu fim.
04:35 am. Já é quarta-feira de cinzas, meus caros.
Mais um carnaval veio e se foi sem que eu notasse. Sofro da tal síndrome de ódio carnavalesco.
Um amigo, que é tomado pela mesma cólera que eu, disse que sua principal razão pra tal sentimento é o fato das pessoas todas parecerem se fantasiar de gente feia. Adorei.
As pessoas se fantasiam de gente feia, as pessoas se desvalorizam, as pessoas se irresponsabilizam, as pessoas perdem limites do ridículo, as pessoas mascaram tudo isso com muito álcool e chamam de felicidade.
O post não é necessariamente sobre carnaval, principalmente pelo fato de não viver a data e logo, não ter nada de bom a comentar a respeito. E eu penso assim: se não tenho nada de bom pra falar e acrescentar, me calo.
O post é aleatório. Tô com uma estranha grande vontade de falar unida ao pouco sono.
Vamos falar sobre o que?
Hoje a Lena saiu do BBB. Passei o dia lendo o blog dela e realmente temo pela saída dela. A única pessoa que pensava naquele programa.
Lena é um tipo admirável de mulher. Forte, incômoda, polêmica. Humana.
Sempre me senti admirada por mulheres assim. Talvez pelo fato de ter crescido cercada de bons exemplos. Minha mãe e minha irmã tem duas das personalidades mais fortes que eu conheço. A minha não saiu diferente, junto com o gênio do meu pai, que também não é fácil.
Dai que cresci assim, apaixonada pela atmosfera dramática que inflou pulmões como os de Clarice Lispector, Edith Piaf e Maysa. Mulheres de personalidades ácidas feitas com bases tão fortes nos sofrimentos e batalhas que encararam. Mulheres que viveram de dor, de amor, álcool, cigarros ou qualquer outro escape alternativo. Admiro.
Acho que é uma opção daquele velho peso que sempre carreguei nos ombros, aquele de sempre sofrer em exagero. No fundo, nasci pro drama, não tem jeito.
E por fora, o que se vê, é realmente diferente.
Adoro minha carcaça de durona. Com todo o sofrimento sem ou com razão que senti, não diria que aprendi a fingir, mas sim que hoje sei omitir o que se passa aqui dentro. Só abro pra quem me passa confiança.
Engraçado que me sinto segura falando aqui. Algo que publica meus sentimentos e permite que sejam invadidos por qualquer um. Mas sei que essa segurança vem do fato de viver num país onde a maioria considera ler uma atividade preguiçosa e na maioria das vezes, o tamanho dos meus vômitos emocionais entedia a grande maioria.
E se você se dá ao trabalho de ler, é porque se importa, porque se interessa.
Disso você já é digno de confiança.
Encerro o post aqui, quase que da mesma forma que comecei...
''Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz...''
Mais um carnaval veio e se foi sem que eu notasse. Sofro da tal síndrome de ódio carnavalesco.
Um amigo, que é tomado pela mesma cólera que eu, disse que sua principal razão pra tal sentimento é o fato das pessoas todas parecerem se fantasiar de gente feia. Adorei.
As pessoas se fantasiam de gente feia, as pessoas se desvalorizam, as pessoas se irresponsabilizam, as pessoas perdem limites do ridículo, as pessoas mascaram tudo isso com muito álcool e chamam de felicidade.
O post não é necessariamente sobre carnaval, principalmente pelo fato de não viver a data e logo, não ter nada de bom a comentar a respeito. E eu penso assim: se não tenho nada de bom pra falar e acrescentar, me calo.
O post é aleatório. Tô com uma estranha grande vontade de falar unida ao pouco sono.
Vamos falar sobre o que?
Hoje a Lena saiu do BBB. Passei o dia lendo o blog dela e realmente temo pela saída dela. A única pessoa que pensava naquele programa.
Lena é um tipo admirável de mulher. Forte, incômoda, polêmica. Humana.
Sempre me senti admirada por mulheres assim. Talvez pelo fato de ter crescido cercada de bons exemplos. Minha mãe e minha irmã tem duas das personalidades mais fortes que eu conheço. A minha não saiu diferente, junto com o gênio do meu pai, que também não é fácil.
Dai que cresci assim, apaixonada pela atmosfera dramática que inflou pulmões como os de Clarice Lispector, Edith Piaf e Maysa. Mulheres de personalidades ácidas feitas com bases tão fortes nos sofrimentos e batalhas que encararam. Mulheres que viveram de dor, de amor, álcool, cigarros ou qualquer outro escape alternativo. Admiro.
Acho que é uma opção daquele velho peso que sempre carreguei nos ombros, aquele de sempre sofrer em exagero. No fundo, nasci pro drama, não tem jeito.
E por fora, o que se vê, é realmente diferente.
Adoro minha carcaça de durona. Com todo o sofrimento sem ou com razão que senti, não diria que aprendi a fingir, mas sim que hoje sei omitir o que se passa aqui dentro. Só abro pra quem me passa confiança.
Engraçado que me sinto segura falando aqui. Algo que publica meus sentimentos e permite que sejam invadidos por qualquer um. Mas sei que essa segurança vem do fato de viver num país onde a maioria considera ler uma atividade preguiçosa e na maioria das vezes, o tamanho dos meus vômitos emocionais entedia a grande maioria.
E se você se dá ao trabalho de ler, é porque se importa, porque se interessa.
Disso você já é digno de confiança.
Encerro o post aqui, quase que da mesma forma que comecei...
''Deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz...''
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Eterna.
Hoje eu descobri a pior dor que uma pessoa pode sentir.
Eu nunca soube o que era perder alguém importante. Eu nunca havia perdido alguém que eu amasse tanto, alguém que fosse me fazer tanta falta, alguém que me fizesse sentir em um suspiro a saudade de uma vida toda.
Hoje eu te perdi, minha pequena.
Eu lembro daquele dia. Era só uma feira de animais despretenciosa, mas você estava lá, de lacinho verde, parecendo uma bolinha de algodão e não teve jeito. A gente TEVE que te trazer pra casa. A véia ficou puta da vida, mas com aquela carinha você dobrava qualquer um. Eu lembro que a gente te colocou na cama do Véio e ele ficou louco. Mas você começou a choramingar e a partir dali, começou a se tornar a cachorra sem vergonha mais mimada da face da terra.
Ninguém sabia que nome te dar. Até assistir 'Rei Leão II' e decidir que você ia ter o mesmo nome da filha do Simba: Khyara. Com K por causa da Ká e com Y por causa do meu nome. Você era nossa.
O poodle micro-toy não parava de crescer, mas a gente já te amava tanto que não importava ter comprado gato por lebre.
Sempre com aquele jeito sonolento e carente, você pedia colo pra TODO mundo que chegava, colocava as patinhas no teclado pra eu não poder digitar e te fazer carinho, adora me enxer de lambidas e correr no portão quando eu chegava da escola.
Por muito mais que 10 anos, nossa vida foi assim.
E agora, lulinha? Quem é que vai dormir nas minhas costas e não deixar que nada de ruim me aconteça a noite?
Eu chorei TANTO hoje...Sempre que eu chorava, você sentava do meu lado e ficava ali até eu melhorar. Mas hoje você não se mexia mais, não podia fazer nada pra me animar. Por que é que você teve que ir? Você nunca fez nada que eu não deixasse, porque fez isso agora?
Eu sei, você já tinha vivido tudo o que precisava, já tinha feito tudo o que podia por mim, você precisava descansar...Mas eu preciso TANTO de você comigo, Titi :/
Eu sei que eu preciso aceitar, mas eu não sei se eu vou conseguir, sua boba. Eu sei que eu não vou te ver nunca mais, nunca mais vou poder fazer puxar seus pelinhos de algodão nem te ver rebolar quando voltava do banho pra eu te dizer que tava linda. E isso tudo DÓI muito.
Você cresceu comigo, foi você que dormiu comigo quando eu fui pro quarto sozinha, era você que ficava no banheiro me esperando tomar banho, era com você que eu dividia tudo o que eu comia...E agora, Khy? Com quem eu vou fazer tudo isso?
Eu continuo te enxergando EM TODOS os cantinhos que eu olho :/
Só me resta desejar que você fique bem aí em cima. Promete que vai se cuidar? E que vai cuidar de mim dai? Promete que não vai me esquecer NUNCA?
Descansa, minha Loirinha. Fica em paz.
A Saudade já é infinita (L)
'Tive que aceitar, mas me perco sem você...Tive que continuar, mas não vivo sem você...
Essa me faz lembrar de tudo o que passamos...Essa noite vou dançar sem você...
Onde estiver, saiba que eu sempre estarei aqui, mesmo que o tempo te levar...'
AMO VOCÊ ♥
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