Mais uma vez, dou as caras pra falar de beleza. Mas é que fiquei tão, mas tão feliz com o ocorrido, que precisava tagarelar sobre ele aqui.
Não consigo dormir sem assistir ao meu querido Jô. Muitas vezes as entrevistas estão caídas, mas a grande maioria é extremamente útil, nem que seja pra nos render boas risadas.
O que o Jô tem a ver com isso?
Tem a ver que semana passada (sim, semana passada. Eu enrolei esse post desde então) estava lá uma mulher que havia criado um novo conceito em fabricação de sutiãs. Nós, mulheres, sabemos como é difícil achar um sutiã em que caibamos perfeitamente. Os fabricantes pensam que somos todas iguais, pensam no sutiã como algo pra sustentar e modelar peitinhos e ponto, esquecem que eles não sustentam apenas seios, as costas estão ali também, e aí? Como se toda mulher de peito grande tivesse costas largas, ou mulheres de seios pequeninos, costas pequenas e assim por diante.
Daí surgiu a idéia de fabricar sutiãs com outras medidas. A Moça da entrevista (que esqueci o nome, perdão) criou uma irmã pra nossa conhecida fita métrica: a fita floral. Ela media os seios na altura dos mamilos e o resultado seria dois nomes de flores, tipo, hortência e margarida, então media a circunferência das costas, que também resultaria em dois nomes de flores, mas o legal era que os nomes eram previamente relacionados, então se na altura dos seios tínhamos hortência e margarida e na circunferência das costas tivéssemos lírio e margarida...Tcharââm! A Mulher seria margarida (que apareceu nas duas medidas) e teria um sutiã apropriado pro seu biotipo. Lindo, não?
Dai que eu não vim aqui pra contar isso, mas não podia chegar aqui falando do ápice da entrevista diretamente, uh?
Eis que entra a modelo, pra que fosse demonstrado o uso da tal fita floral. A Modelo era linda, lindíssima, Jô babou e falou da moçoila o resto da entrevista tooooda e..Ela tinha pneus! Ela tinha PNEUS! E também tinha gordura localizada, celulite e estria! Ela era linda, e era uma mulher NORMAL! Nada de modelo esquelética ou gostosona com tudo no lugar, minha gente!
Depois, chamou outras moças pra falar sobre o biquine perfeito e...OUTRA VEZ MULHERES NORMAIS!
Uma garotinha de 18 aninhos (como a moça que voz fala), magrinha, mas tinha aquelas gordurinhas criadas pelo uso de calça baixa, uma mulher que, na minha opinião, é a verdadeira mulher boa: tinha peitões, bundão, pernão e...BARRIGA! Não uma barriga absurda, mas uma barriguinha, ué. E tinha celulites e estrias também. Ninguém deixou de fazer 'fiu fiu' por isso. Tinha também uma senhora de 54 anos que, MEU DEUS, tinha uma barriga invejável, chapada, tanquinho, linda! Mas era uma senhora de 54 anos e a gravidade não perdoou o bumbum, as pernas e o músculo do tchau. Pra fechar com chave de outro tínhamos uma grávida e..UMA PÓS-PARTO! Sim, a moçoila tinha tido filho a 2 meses e não se chamava Carolina Dieckmann, logo, a barriga ainda estava flácida, com os músculos estirados e tals...TODAS LINDAS, DIVAS, INCRÍVEIS!
Mulheres de verdade na Tv, desfilando de biquine e lingerie.
Tudo isso pra falar que agora me sinto melhor. Me sinto linda com o meu peito desproporcional, com a minha perna fina e mole, com as celulitinhas, com as gordurinhas na pança...LINDA!
Passei a semana toda de regime, mesmo tendo assistido ao programa, mas isso porque, claro, todas temos que nos cuidar como já disse num post anterior e haviam 5 quilinhos indesejáveis aqui (2 e meio já foram embora, UHUL). Mas as estrias, as celulites, as molenguisses e tudo mais não somem com regime e a gente sempre fica se achando umas merdas por isso.
Somos normais, lindas e as nossas gordurinhas localizadas são mesmo é excesso de gostosura, minhas queridas!
Fora do normal são elas, as boazudas da TV!
*Esse post não é pra ninguém sair comendo e dormindo o resto da vida, porque 'não faz mal ser gorda'. Jamais! É só pra mostrar que a gente tem que se aceitar e se gostar, porque não é todo mundo que é beneficado pela genética e nasce com Perfeição no sobrenome e são justamente essas sortudas que a gente vê na tv, nas revistas, na internet. A gente não tem que se odiar por isso e passar a viver de alface, mas também não dá pra deixar de se cuidar, uh?